terça-feira, 16 de dezembro de 2014

quando neguinho quer...

Se eu desse mole ia ficar tudo para mim, de novo...
Filhinho mais velho saiu do trabalho na hora do almoço e levou o carregador de celular para a mãe...
Se eu deixar monta em mim... de novo.


inveja

É difícil quando só você é amiga.
Na maior decepção da sua vida eu fiquei com você.
Quando você sentiu medo eu te socorri.
Tudo que você me pedia eu fazia.
Vira e mexe te chamava para sair, passear.
Demorou, mas percebi, na sua dedicatória que eu não era tão importante quanto você me falava que eu era, vivia dizendo que me amava e eu nunca respondia em troca por que dizer as coisas é muito importante, não são só palavras.
E ficou ainda mais nítido quando no hospital você poderia ter intervindo...
Gosto de fotos e por isso capricho nas fotos que eu tiro. Até que observei o seu desleixo para tirar fotos minhas...
Nada é por acaso.  Talvez eu só conseguiria chegar a paixão da minha vida através de você.
Falar todo mundo fala, uma atitude significa muito mais que mil palavras.
Ligar não é suficiente.
Se se importa insista.
Senti todo o seu egoísmo, o seu descaso, e quando devolvendo para você, você interpreta como inveja...
Tenho inveja do que? Do seu emprego? De uma faculdade que mais cedo ou mais tarde eu vou concluir? De ter passado a infância e a adolescência me sentindo feia por causa do nariz e do cabelo? De um marido que sabemos bem qual é a dele? De filhos? De uma habilidade que assim como você mais cedo ou mais tarde eu vou alcançar e até ultrapassar? Talvez do local onde você mora que realmente é muito bom.
Eu demorei, mas enxerguei que fui amiga sozinha.
E refletindo melhor arrisco-me a perguntar: será que sou eu que tenho inveja?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

desabafo

Minha mãe deixou a igreja congregação cristã no Brasil para ir para a universal com a idéia de que na universal eles tem mais fé e ela iria melhorar dos olhos (glaucoma, quase não enxerga mais) e da falta de ar (coração grande e água no pulmão).
Na época o Lord estava com problema de abcesso na perna.
Ela trouxe óleo ungido, passou na perna dele.
Eu levava ela toda sexta-feira para a igreja e o Lord ia com a gente no banco de trás.
Para encurtar a história o Lord desenvolveu linfoma, ficou sofrendo, cheirando mal por causa do câncer e ao mesmo tempo minha mãe ficou enchendo o saco por causa da falta de ar dela e reclamando do mal cheiro do Lord.
Dia 2 de dezembro, terça-feira, sacrifiquei meu filho, por que é isso que o Lord é para mim mas não consegui curtir o meu luto, tive de levar ela para o servidor na quinta-feira.  O detalhe é que já tinha levado ela nas duas sextas anteriores a um pronto atendimento daqui de Santo André.  Não tem jeito... Está medicada, a falta de ar é consequência de uma situação crônica.


A moral da história é:

deus NÃO EXISTE!!!